A morte também é cura
Eu renasci, após o afago daquela tempestade em mim
era neutra, ainda cria de um filhote na existência
Com os pês descalços, de criança peralta
entrei,
sem me importar com a frieza do seu toque e a força de sua correnteza
sua água alcalina me enfeitiçava,
há 10 segundos de todas as margens
e sem pé
Ela me mergulhou!
Nade!
Nade!
Nade!!!!!
Não nade…
em minha última visão, turva, vi uma folha
tão afogada e desesperançosa
quanto eu
e num pulo
Me veio o ar
num abraço doloroso
de uma cria, que me salvou dos gritos da progenitora
que
também não flutua em água doce