São Paulo, 5 de outubro de 2021

And
2 min readApr 10, 2022

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São 26, a minha idade e a quantidade de “casas” para as quais já voltei.

Esta, de hoje, de agora, e espero que do amanhã também, se eu estiver aqui, e assim desejo que aqui possa estar lá por mim.

É louco dizer lá, pensar no futuro, quando o tempo é relativo e eu aprendi em menos de 40 minutos de aula que só existe o agora.

Então afirmo, que quero num futuro que ainda não existe, o que quero agora, mas meu eu de lá, não existe, logo, o meu eu inexistente não tem vontades.

E talvez eu não saiba o que realmente quero.

Nesta momento, gosto do número 12, que fica no primeiro andar, perto do Parque do Estado de São Paulo, você conhece né? Carrega uma das maiores tragédias do país.

Porém, eu hoje, aqui, AGORA, informo que neste lugar também é a terra de umas das histórias mais bonitas de amor que o Brasil já viu.

Da varanda, entre as grades que privam o gato de suas voltas na quadra, eu grito, explodo, gasto mais de R$100 com álcool e acordo esquecendo do meu antigo eu.

Dos 26 locais que tive para voltar, esse é o primeiro que eu volto; e o chamo de lar, pois daqui vejo tanto as estrelas, em noites de verão, como a constelação que mora no rosto dela, que mesmo nas noites nubladas é admirável.

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Escrevo como se fosse morrer amanhã (e morro um pouco todos os dias)